"O verdadeiro espírita não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos espíritos. De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso e não o torna melhor para o próximo."
Allan Kardec
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Li essa frase pela primeira vez no ano de comemoração do bicentenário de Kardec e escrevi na primeira página do meu Evangelho. O objetivo era jamais esquecer de seu significado.
Se pensarmos bem, veremos o sentido profundo que encerra. O que é ser espírita? Será apenas frequentar um centro espírita, assistir suas palestras, ler obras da doutrina? Será acreditar na reencarnação, na comunicação com os espíritos e na imortalidade da alma?
É certo que ser espírita engloba todos estes pontos, mas é muito mais que isso. É seguir os ensinamentos dos espíritos; é conhecer-se a si mesmo; esforçar-se pra vencer suas próprias limitações, seus defeitos; é reconhecer os próprios erros; e reconhecer também quando acertar, porém sem vaidade; é olhar qualquer pessoa, qualquer pessoa mesmo, como alguém em processo evolutivo e que também pode errar; é não julgar... enfim, é viver tentando ser uma pessoa melhor a cada dia. A palavra sem ação é vazia; A semente sem o fruto é morta. A simples crença não torna ninguém melhor. E isso vale para espíritas, católicos, evangélicos, judeus, budistas, muçulmanos e para todos seja de que culto forem.
Antes de abrir a boca para dizer eu sou espírita ou eu sou católico, ou eu seu sou budista, vamos pensar: que tipo de espírita, cristão ou budista eu sou?
Vamos lembrar do que disse Kardec e que vale para todos os credos: "... De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso e não o torna melhor para o próximo."