sexta-feira, abril 02, 2010

Páscoa e Jesus

Ontem fui no supermercado apenas para comprar uma coisinha e quase levei um susto quando vi a fila das pequenas compras dando a volta no mercado.
É claro que se eu tinha algo importante para comprar, deixou de ser importante na mesma hora!!!
Ao passar pela Av. Paulo VI, na frente da Cacau Show, o que eu vejo? Outra fila!
E durante toda a semana ouvi boatos de filas imensas nas lojas de chocolate nos shoppings, nos supermercados...
Mas afinal, o que é a Páscoa?
Será uma apenas uma festa religiosa?
Um momento apenas para estimular o comércio, pegar um feriadozinho?
Um dia de jejum e oração?
Bem, sou espírita. Não sei muita coisa ainda, mas alguma coisinha já deu para aprender.
E o que a Doutrina Espírita nos fala sobre a Páscoa?
Ao que me conste, nunca vi nada falando explicitamente a respeito mas, para quem estuda, não é difícil tirar um sentido para essa data.
Bem, pra quem não sabe ainda, a Páscoa era um evento judeu. Existia muito antes de Jesus. Mas a história se apropriou do nome e da idéia para criar mais uma data comemorativa.
Enxergo a crucificação de Jesus sob dois ângulos: ao mesmo tempo foi um grande mal cometido pela humanidade e pelo qual ainda estamos pagando. Muitos de nós estivemos lá naquele dia triste. Compactuamos com a condenação, rimos, fazendo pouco caso da mensagem de amor que Jesus trazia.
Mas Jesus, em toda a sua grandeza espiritual, já sabia da sua missão. Conhecia a fraqueza humana e sabia qual seria o desfecho de sua caminhada entre nós. E, naquele dia, seu sofrimento não foi pela dor física, mas a dor de quem muito amou. A dor de um grande espírito que se entristece profundamente de ver seus irmãos amados perdidos na cegueira das paixões, do orgulho e da vaidade. Tristeza de perceber o quão difícil seria nossa caminhada rumo à evolução.
Relata-nos os espíritos, que, naquele dia, ao desencarnar, ao invés de subir ao Pai, Jesus desceu para amparar seu amigo Judas. Isso demonstra mais uma vez a magnitude do espírito de Jesus.
Mas se foi um dia de dor para a humanidade, por outro lado, foram momentos gloriosos! Se Jesus não tivesse morrido daquela forma, se todos não tivessem visto seu sofrimento, tendo certeza de sua morte, talvez não acreditassem na sua ressurreição. Se Ele não tivesse o seu corpo flagelado e destruído, não poderia provar à humanidade a sobrevivência do espírito. Só na ressurreição sua mensagem se completa.
Com sua ressurreição, Jesus diz para nós, pequeninos, que Deus é um Pai maravilhoso, que não deixa nenhuma de suas ovelhas perdidas. Por mais que tenhamos nos desvirtuado do caminho do bem, estamos fadados à felicidade. É quase que como uma reta, onde começamos num ponto e que, seguindo-a continuamente, depois de muitos tropeços e muita dor, causada por nós próprios, conquistaremos a felicidade. Felicidade de quem viveu, morreu, viveu de novo, sofreu, chorou, morreu de novo, arrependeu-se, devagarzinho, aos tropeços, começou a acertar o caminho, mas, sempre com a benção de Deus, conquista a paz de espírito.
Vós sois deuses. Podeis fazer tudo o que eu fiz e muito mais. Disse Jesus.
Quando é que acreditaremos de verdade em suas palavras? Se somos deuses, se podemos fazer tudo o que ele fez e muito mais, significa que podemos ser bons como ele foi, que podemos amar como ele amou. Isso não depende de nenhuma filiação religiosa. De nenhum ritual específico, do cumprimento de nenhum dogma. Depende apenas de nossa capacidade de amar. Esse foi o maior ensinamento de Jesus, a maior mensagem, o maior exemplo.
Depois disso, a esperança, a certeza, de que se somos tão pequeninos, claro que não conseguiremos tudo em 40, 70, 100 anos de existência carnal. O que é o tempo para quem não tem começo nem fim?
Deus, a soberana bondade, espera por nós, pacientemente.
Resta-nos conscientizarmo-nos de nossa realidade de espíritos imortais. Entendermos que a vida continua, magnífica. E que ao final do arco-íris, acharemos o nosso pote de ouro.
Mas aproveitemos o percurso. Aproveitemos o momento que a história nos oferece para amar, para perdoar. Nunca vivemos tempos tão conturbados e nunca tivemos tantas chances para amar. Cada esquina é um convite.
Miremos, sempre, no exemplo de Jesus, e prossigamos confiantes na misericórdia divina, na nossa natureza imortal e no nosso potencial de ser deus.
bjo no coração! :)

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